De acordo com o advogado Carlos Alberto Arges Junior, as garantias constitucionais são direitos fundamentais assegurados pela Constituição para proteger os indivíduos contra abusos do Estado, especialmente no âmbito penal. Elas garantem que nenhum cidadão seja processado ou punido sem que haja respeito ao devido processo legal, preservando a dignidade e os direitos humanos.
Como a presunção de inocência influencia o julgamento de um réu?
O doutor Carlos Alberto Arges Junior informa que a presunção de inocência é um dos pilares do direito penal democrático e está prevista na Constituição Federal. Esse princípio estabelece que nenhuma pessoa pode ser considerada culpada antes do trânsito em julgado de uma sentença condenatória. Ou seja, o ônus da prova cabe ao Estado, e não ao réu. Na prática, isso significa que qualquer dúvida sobre a culpa do acusado deve beneficiá-lo.
O direito ao contraditório e à ampla defesa são princípios fundamentais que garantem a paridade de armas entre a acusação e a defesa. O contraditório permite que o réu tenha conhecimento de todas as provas e argumentos utilizados contra ele, possibilitando sua contestação. A ampla defesa, por sua vez, assegura que o acusado possa se defender de todas as formas legais disponíveis, incluindo a contratação de advogados e a apresentação de recursos.

Como o habeas corpus protege os direitos fundamentais?
O habeas corpus é uma ferramenta jurídica essencial para proteger a liberdade dos indivíduos contra detenções ilegais ou arbitrárias. Qualquer cidadão pode impetrar um habeas corpus para si ou para terceiros, sempre que houver ameaça ou violação do direito de locomoção por abuso de autoridade. Esse instrumento é amplamente utilizado em casos de prisões preventivas desnecessárias, execuções penais indevidas ou constrangimentos ilegais.
O princípio da legalidade estabelece que ninguém pode ser punido por um ato que não esteja previamente tipificado como crime em lei, destaca Carlos Alberto Arges Junior. Ou seja, não pode haver pena sem que antes haja uma norma estabelecendo a conduta criminosa e a punição correspondente. Esse princípio impede que indivíduos sejam condenados por critérios subjetivos ou por interpretações arbitrárias da lei. Além disso, garante que penas não sejam aplicadas de forma retroativa, respeitando o direito de todos à previsibilidade das normas jurídicas.
O que é o direito ao silêncio e como ele funciona em processos criminais?
Por fim, o direito ao silêncio é uma garantia constitucional que permite ao acusado permanecer calado durante um interrogatório sem que isso seja interpretado como confissão de culpa. Esse princípio protege o indivíduo contra autoincriminação e reforça a responsabilidade do Estado de provar a acusação. Esse direito é especialmente relevante para evitar coerção e abusos durante investigações criminais.
O advogado Carlos Alberto Arges Junior considera que a assistência jurídica gratuita é um direito fundamental garantido àqueles que não possuem condições financeiras para contratar um advogado. A Defensoria Pública desempenha um papel essencial nesse aspecto, garantindo que todos tenham acesso à defesa legal, independentemente de sua condição socioeconômica.
Apesar do arcabouço jurídico sólido, ainda há desafios para a plena aplicação das garantias constitucionais em processos criminais no Brasil. Para o Dr. Carlos Alberto Arges Junior, o excesso de prisões preventivas, a morosidade do sistema judiciário e as desigualdades no acesso à justiça são alguns dos principais problemas enfrentados. Fortalecer a Defensoria Pública, investir na capacitação de operadores do direito e garantir o respeito às garantias fundamentais são medidas essenciais para aprimorar o sistema de justiça criminal.
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