A beleza sempre foi um conceito dinâmico, refletindo não apenas os ideais pessoais, mas também as mudanças culturais, sociais e históricas. Como observa Ailthon Luiz Takishima, médico e cirurgião plástico, ao longo das décadas, os padrões estéticos passaram por transformações significativas, moldados por uma combinação de influências que vão desde a moda e o cinema até movimentos sociais e avanços tecnológicos.
Neste artigo, vamos explorar como esses padrões evoluíram, analisando as principais mudanças que marcaram diferentes períodos e como essas transformações refletem as preocupações e valores de cada época.
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Como os padrões de beleza foram definidos na Antiguidade?
Na Antiguidade, os padrões de beleza variavam consideravelmente de uma civilização para outra. Na Grécia Antiga, por exemplo, a beleza ideal era associada a uma figura esculpida e atlética, refletindo a importância do corpo perfeito como símbolo de virtude e saúde. Como apresenta o médico Ailthon Luiz Takishima, o conceito de beleza estava intrinsecamente ligado à filosofia e à busca pela perfeição, evidenciado pelas esculturas de figuras como Afrodite, que retratavam uma harmonia matemática idealizada.
Por outro lado, no Egito Antigo, a beleza estava frequentemente associada à simetria e ao uso de maquiagem. As mulheres egípcias usavam kohl para realçar seus olhos e achavam que isso ajudava a proteger contra o mal e as doenças. Assim, a beleza era não apenas uma questão estética, mas também espiritual e prática, integrando a aparência com crenças culturais e espirituais.
Quais foram as mudanças na beleza durante o século XIX?
O século XIX trouxe uma mudança significativa na percepção da beleza, marcada por um retorno ao romantismo e ao ideal de feminilidade mais conservador. As silhuetas eram frequentemente acentuadas por espartilhos e saias volumosas, criando uma figura de “cintura de vespa” que era considerada o ápice da beleza feminina. Esse padrão refletia uma sociedade que valorizava a modéstia e a sofisticação, com ênfase na aparência delicada e na classe social.
Além disso, conforme enfatiza o cirurgião plástico Ailthon Luiz Takishima, no final do século XIX viu o surgimento de novas formas de beleza, influenciadas pela Revolução Industrial e pela crescente urbanização. A influência dos movimentos artísticos, como o impressionismo, também começou a questionar e expandir os conceitos tradicionais de beleza, refletindo um interesse maior pela individualidade e pela expressão pessoal.
Como os padrões de beleza evoluíram no século XX?
Como expõe o Dr. Ailthon Luiz Takishima, o século XX foi uma época de rápidas mudanças e experimentações no que diz respeito à beleza. Os anos 1920, por exemplo, foram marcados pelo estilo “flapper”, que celebrava uma figura mais andrógina e livre das restrições dos espartilhos, refletindo a emancipação feminina e uma nova liberdade social. As décadas seguintes continuaram a desafiar e redefinir a beleza, com o surgimento de ícones como Marilyn Monroe e Audrey Hepburn, que personificaram diferentes aspectos do glamour e da sofisticação.
Os anos 1960 e 1970 introduziram um novo ideal de beleza, com modelos como Twiggy popularizando uma estética jovem e esquelética. Este período também foi caracterizado pela diversidade crescente na representação da beleza, com a inclusão de diferentes tipos de corpos e etnias na mídia. A partir dos anos 1980, a influência da cultura pop e do fitness fez com que o corpo tonificado e atlético se tornasse um novo padrão, refletindo mudanças nos estilos de vida e nas atitudes em relação à saúde e ao bem-estar.
A beleza como reflexo da transformação social
Pode-se concluir que a evolução dos padrões de beleza ao longo das décadas é um reflexo das mudanças culturais, sociais e tecnológicas que moldam a sociedade. Desde os ideais esculpidos da Antiguidade até a diversidade moderna, o conceito de beleza continua a evoluir, desafiando e redefinindo o que significa ser bonito. Como reitera Ailthon Luiz Takishima, essa evolução nos mostra como os padrões estéticos mudam e como essas mudanças refletem a complexidade e a diversidade da experiência humana ao longo do tempo. A beleza, afinal, é uma construção cultural e histórica, constantemente moldada pelos valores e pelas visões de cada época.